Afro-simpatizantes:

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Moçambique na Band.

Desde ontem a Band está exibindo a série "África: magia e desafios" e seus primeiros episódios tratam de questões específicas de Moçambique, ex-colônia portuguesa. Veja, neste primeiro episódio, a rotina de desarmamento de bombas no país, herança da guerra pela independência.

sábado, 20 de novembro de 2010

Diversão e desafio!

--> Diversão:
Vejam que interessante esta letra (e o ritmo também!) de um grupo mineiro chamado Berimbrown.

Infelizmente, aqui no Brasil são ainda pouco conhecidos, mas lá fora... fazem o maior sucesso. Vejam como são as coisas!
Então, que tal conhecer uma musiquinha interessante (e que tem tudo a ver com o dia de hoje) chamada "Black Brother - 20 do 11"? Os autores da composição são: Mestre Negoativo e Alexandre Cardoso.

"Meus ancestrais
trazidos em navios negreiros
muitos morreram de banzo antes de aqui chegar.
A boca secava de sede,
caíram no samba para a dor passar.
Criaram uma luta nas matas e debaixo do nariz do feitor
dançavam prá disfarçar.
Batuque, São Bento Grande, Santa Maria,
São Bento pequeno, Iúna, Cavalaria.
É bom e tenho o prazer de dizer sou Afro-brasileiro,
nossa cultura se expande pelo mundo inteiro.
Tem até europeu tocando berimbau e pandeiro.
Do mundo do açúcar a computadores,
toca-disco, fax, celular,
rádio de pilha, desemprego.
Me mande um e-mail prá gente se comunicar
Do mundo do açúcar a computadores,
toca disco, fax, celular,
rádio de pilha, desemprego.
Me mande um e-mail prá gente se aquílombar!
Hei, black brother:
Levante e lute,
na moral!


Hei, black brother:
Se ligue e lute, na moral!


E ai Domingo Jorge Velho qual é a sua?
O quilombo permanece vivo e a luta continua.
Na ditadura grandes mestres foram exilados.
Seu Rui Barbosa cadê os livros da História que foram queimados?
Na minha cidade 21 de abril é feriado
e 20 de novembro mal é lembrado."

Fica mais legal ouvir a música com seu ritmo todo especial. Então, se quiserem, vejam a apresentação do grupo aqui no youtube:



--> Desafio:
Quem saberia explicar Domingos Jorge Velho e Rui Barbosa na letra da música?
Respostas certas (comentários) valem um ponto extra na média do 4º bimestre!
Ah! Até 30/11/2010, ok?

O que dizer?

sábado, 13 de novembro de 2010

Linda e rara!

Parece a Barbie? Pois é ela mesma. Em versão afro, claro!
Interessante, não? Pena ser raríssima no mercado. Quando encontrada, o preço fica em torno de R$ 800,00!
Linda, esta Barbie Mbila em quase nada se assemelha à primeira versão afro da boneca. Criada em 1967, Cristie era, na verdade, uma das "amigas" da Barbie e, por ser feita a partir da mesma forma, apresentava traços finos e cabelos lisos como os da Barbie original (veja foto abaixo).
Após duras críticas, em 1968, finalmente, a Mattel apresentou a nova Cristie, agora com características faciais negras de verdade. Desde então, foram vários os modelos afro apresentados ao mercado.
E já que o assunto é diversidade, por que não citar as versões muçulmana, chinesa, indígena... Tem até uma versão "cadeirante" da boneca. Veja só:

Demais, não acham? Ponto pra Mattel!!!

Cabelo: Identidade e diversidade.

"É muito fácil encontrar quem não esteja satisfeito com seu cabelo. Assim como as roupas e o modo de ser, o cabelo também faz parte da identidade de cada um, refletindo a sua cultura, a sua história de vida.
Duro, bombril, ruim, pixaim. Esses são alguns dos adjetivos usados para se referir ao cabelo crespo dos negros na linguagem popular. Seja no caso de homens ou mulheres, negros ou brancos, o cabelo crespo é geralmente rejeitado.
Ao longo dos anos, a atitude de quem tem cabelos crespos foi a mudança para o cabelo alisado, um visual que se aproxima do padrão delimitado pela sociedade. Para muitos negros, porém, assumir seus cabelos ao natural, sem intervenção química, tornou-se uma forma de manifestar seu sentimento de identidade, o que se liga diretamente às suas raízes africanas.
Foi desse modo que, na década de 1960, o visual black power influenciou os jovens a não cortar os cabelos, aceitando, assim, suas características de origem. Com a explosão das músicas de Bob Marley na década de 1970, cabelos rastafáris também passaram a fazer parte da cultura negra que cantava a liberdade e valorizava a cultura afro.
Muitos estilos foram criados a partir de penteados que marcam as características culturais de negritude: black power, dreadlocks, tranças, canecalons, etc.
Atualmente, jovens de todas as tribos, sejam negros ou não, têm assumido os mais diferentes visuais, abrindo caminho para a diversidade no meio em que vivem."
(texto extraído do livro A COR DO PRECONCEITO, de Carmen Lúcia Campos, Sueli Carneiro e Vera Vilhena, Editora Ática - fotos: divulgação/internet)

Tradição e modernidade.

Quer saber um pouquinho mais sobre o que se passa em um pontinho liiiindo da África? Em 5 minutos a reportagem abaixo apresentará a você um pouco das belezas, tradições e modernidades de Cabo Verde.
Espero que gostem tanto quanto eu!

Tradição e Modernidade from Baboon Filmes on Vimeo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pensar é preciso!

O filminho a seguir, de certa de 10 minutos, traz contribuições importantes sobre as diferenças raciais e sociais no Brasil. Trata-se do segundo episódio de uma série exibida na TVE Brasil, em 2009, e que  vale muito a pena conferir. Se gostar, assista ao primeiro episódio no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=31Y8TQlW_YM&feature=related.
Boa reflexão! E comente, ok?!

Semana da Consciência Negra

A TVE Brasil reservou espaço em sua programação para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro em todo o país. As atrações especiais que vão abordar a identidade e a cultura negra começam mais cedo, já na próxima terça-feira (16), com Expedições (às 19h30). O programa resgata a história do Quilombo dos Palmares, nação criada por negros fugidos de engenhos e terra do líder Zumbi, tema de nossas últimas aulas de História (1º ano).

Quilombo dos Palmares - Expedições (16-11, 19h30)
O Comentário Geral apresenta uma edição especial sobre o tema e discute os múltiplos significados da palavra NEGRO, no programa que vai ao ar na quarta (17), também às 19h30. E o Programa Especial do dia seguinte entrevista o cineasta Julio Pecly, cadeirante e negro, que fala sobre o duplo preconceito, também às 19h30.

Já o Sem Censura preparou uma edição exclusiva com o tema “Herança Cultural Africana”, para sexta-feira (19). Leda Nagle vai conversar, a partir das 16h, com o ministro da Igualdade Racial, Eloi Araújo, com o diretor de teatro Márcio Meirellles e com a atriz Janaina Lince, do espetáculo Hair, entre outros convidados.
O programa Paratodos, de sábado (20), também homenageia esse dia, mostrando a produção cultural de quilombolas e o ragga, mistura de hip hop e reggae. A partir de 19h30.
Para encerrar as homenagens, às 21h30 de sábado (20), o Musicograma apresenta um especial com o Poeta do Samba, Luiz Carlos da Vila, compositor que mais celebrou o Dia da Consciência Negra.
Enfim, veja aí o que mais lhe interessa e confira!
É fonte riquíssima de conhecimento!

Ah! E não esqueça de comentar aqui depois, ok?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Racismo, Discriminação, Preconceito: sabe a diferença?

É comum haver dúvidas.

Afinal, preconceito, discrinação, racismo... será que existe diferença?
Sim, existe!
Preste atenção às definições abaixo e ficará fácil entender:
preconceito - Opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Trata-se de um pré-julgamento, isto é, algo já previamente julgado;
discriminação - Separar, distinguir, estabelecer diferenças. A discriminação racial corresponde ao ato de apartar, separar, segregar pessoas consideradas racialmente diferentes, partindo do princípio de que existem raças "superiores" e "inferiores", o que a ciência já comprovou que não existe;
racismo - Teoria que sustenta a superioridade de certas raças em relação a outras. Defende a segregação racial e até mesmo a extinção de determinadas minorias.

De acordo com essas definições, o preconceito se expressa na sociedade, mas não necessariamente segrega ou discrimina; já a discriminação promove, baseada em certos preconceitos, a separação de grupos ou pessoas. Por outro lado, o racismo mata, produz o ódio entre grupos e indivíduos.
Historicamente, o racismo se expressou, de forma clara, através do apartheid da África do Sul, até início dos anos 90, e em alguns estados do sul dos EUA, como o Mississipi e o Alabama, cujas constituições segregavam os negros, até os anos 60.
Da mesma forma, a repressão a árabes palestinos pelos judeus israelenses e o extermínio de judeus na Alemanha nazista também devem ser vistos como expressões de racismo.
Infelizmente, o racismo também se manifesta em formas sutilmente elaboradas: piadas, brincadeiras, olhares, frases de duplo sentido...
Mas, seja como for, sabemos que, hoje, no Brasil, o racismo é considerado crime e precisamos trabalhar duro para pôr um fim a isso.

Erros históricos.

Uma coisa que a maioria das pessoas no Brasil pensa é que o continente africano é um país, outra é que a história da África começa com a chegada dos europeus para capturarem escravos. Além disso, a imagem que se tem é de que na África só há homens primitivos, que andam nus e colocam o homem branco no caldeirão para comê-lo por serem todos canibais! Nada disso é verdade!
Ao contrário do que se pensa, a África tem muitas histórias. Em primeiro lugar, foi nesse continente que surgiu a humanidade. O Homo Sapiens, inteligente, forte, habilidoso e com muitas capacidades técnicas e culturais, tinha a pele negra, e somente milhares de anos depois surge o Homo Sapiens branco na Ásia, na Europa e nas Américas.
Foi no continente africano que se desenvolveram as primeiras técnicas de metalurgia, de fundição de metais, escrita, cálculos matemáticos, engenharia e comércio internacional. Outra questão que é negada pela maioria dos historiadores é que a grande civilização egípcia, das pirâmides, dos faraós, era uma civilização negro-africana. Aliás, a maioria dos faraós era negra.
Na África, antes da chegada dos europeus, existiam (e ainda existem) grandes construções arquitetônicas, navegações em alto mar, comércio internacional e trocas de mercadorias com a antiga China, o antigo Japão e a antiga Índia. Sem falar no fato de que algumas civilizações africanas entraram em contato com os índios americanos antes de Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral. Tudo isto está comprovado através de estudos históricos e achados arqueológicos.
Fica a pergunta: por que nada disso não nos foi esclarecido antes?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adivinha o tema do novo casulo?

Sabe aquela tela enooooorme e super colorida que dá cara ao NAVE? Estamos falando do CASULO, um banner microperfurado, feito com material sintético de alta resistência ao tempo, que exibe imagem em tela de aproximadamente 18 x 18 metros, ocupando 324m2. Em outras palavras, trata-se de intervenção de arte urbana, única na cidade.
Por esta e por outras, o programa NAVE (Núcleo Avançado em Educação) é considerado revolucionário por dentro e por fora. A fachada da antiga estação telefônica art déco dialoga com a linguagem contemporânea presente em todos os ambientes educacionais do interior do prédio.
O projeto foi concebido para expor obras inéditas de arte e tecnologia, revelar novos talentos e democratizar o acesso do grande público ao trabalho de jovens artistas.

Na inauguração do programa NAVE, em maio de 2008, o designer e artista visual, Jair de Souza, foi o responsável por desenvolver a primeira tela do projeto Casulo.
Em dezembro de 2008, os alunos do NAVE participaram de um workshop, com a presença do próprio Jair e do artista gráfico Pojucan. Juntos, eles criaram uma tela para o Natal. Em março do ano seguinte, foram escolhidas as duas artes vencedoras do 1º Concurso Casulo. A criação de Sérgio Bonilha e Luciana Ohira, de São Paulo, tomou conta da fachada do NAVE até setembro, quando foi substituída pela tela de Glaucia Hokana, também de São Paulo, outra vencedora do concurso.
A quinta arte foi produzida em um novo workshop para os alunos do NAVE, dessa vez com a participação do grupo Eboy. (veja fotos dos casulos antigos aqui)

Pois bem, o novo concurso para escolha das novas criações para o Casulo está aberto. Quem quiser acessá-lo, vá em http://www.nave.org.br/casulo/index.php.
A nova temática, "Eu, Negro" -- que não poderia ser mais revolucionária! -- reforçará a questão que já estamos tratando em nossos últimos encontros, estendendo a reflexão para a vizinhança do entorno: o negro no Brasil.
Em um país cuja formação étnica é multicultural, "Eu, Negro" vai em busca do espírito negro que se encontra em todos nós, já que há um pouco de negritude em nossa alma e em nossa herança, apesar de a consciência deste fato nem sempre ser enaltecida.
Que venha nosso próximo fruto!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E você o que pensa?

"Este curta é mais um daqueles filmes que não fecham nada, pelo contrário, abrem diversas interrogações preciosas e necessárias de serem feitas no Brasil. Desperta a simples pergunta: "Existe racismo no Brasil?" ou, de forma mais elaborada, "Como o racismo opera de fato?".
De qualquer forma, é uma obra importante, numa época em que diversas pessoas garantem que o Brasil está mudando e se tornando menos racista.
As produções audio-visuais brasileiras continuam marcadas pela brancura dos atores e temáticas, apesar do acesso de alguns atores e atrizes negros(as) a papéis interessantes. Na verdade, talvez a temática, atualmente, seja o elo mais fraco, tendo em vista que não temos diretores, roteristas, produtores, escritores, etc. negros, ou mesmo com a sensibilidade para a temática racial. O diretor deste filme, Joel Zito, é uma exceção que confirma a regra." (texto de Aninejf, professora de português e literatura, no canal youtube http://www.youtube.com/user/aninejf)
O curta, de que fala a professora acima, tem 23 minutos de duração, chama-se VISTA A MINHA PELE e é encontrado no youtube. Vale a pena conferir e refletir sobre as questões apresentadas!
Abaixo, os links:

Parte 1:

Parte 2:

Parte 3:

Não deixe de comentar!

sábado, 28 de agosto de 2010

Estatuto da Igualdade Racial.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no último dia 20 de julho, sem vetos, o projeto de lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que tem por objetivo promover políticas públicas de igualdade de oportunidades e combate à discriminação.

Durante a cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, o governo também anunciou a criação da Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), a 14ª instituição federal criada na gestão de Lula.
O Estatuto da Igualdade Racial havia sido aprovado no Senado no dia 16 de junho, quando, através de votação, os senadores retiraram do texto os pontos que previam a criação de cotas para negros em diferentes atividades, como universidades, empresas e candidaturas políticas. No caso das empresas, a cota se daria por meio de incentivos fiscais.
O documento define o que é discriminação racial, desigualdade racial e população negra, assunto já muito falado por nós aqui no blog. Mas, a título de reforço, vale a pena perceber que, pelo Estatuto, ficam assim definidos: discriminação racial "é a distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional", desigualdade racial é definida como "todas as situações injustificadas de diferenciação de acesso e oportunidades em virtude de etnia, descendência ou origem nacional, já o termo população negra é o "conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas".

Na área da educação, o Estatuto torna obrigatório o ensino de história geral da África e da população negra do Brasil nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas. Ele prevê ainda o incentivo de atividades produtivas rurais para a população negra, proíbe empresas de exigir aspectos próprios de etnia para vagas de emprego e reconhece a capoeira como esporte, permitindo que o governo destine recursos para a prática.
Já na questão religiosa, o Estatuto reitera o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana e libera assistência religiosa aos seguidores em hospitais. No mundo virtual, além de multa para quem praticar crime de racismo na internet, o documento prevê a interdição da página de internet que exibir irregularidades.

O Estatuto também garante às comunidades quilombolas direitos de preservar costumes sob a proteção do Estado e prevê linhas especiais de financiamento público para essas comunidades. O poder público terá de criar ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial para acompanhar a implementação das medidas. O documento também estabelece que o Estado adote medidas para coibir a violência policial contra a população negra." (Texto extraído e adaptado de G1.com.br, reportagem de Robson Bonin)

Quer entender melhor o Estatuto da Igualdade Racial e seu processo de criação? Clique aqui. Você terá acesso, ainda, a um infográfico completo sobre o documento.
Para ler a íntegra do Estatuto, clique aqui.

Boa leitura e reflexão.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Back2black Festival 2010.

Artistas, intelectuais e ativistas políticos de vários países estarão no Rio neste fim de semana, para participar do festival Back-2-black.

De 27 a 29 de agosto, na Estação da Leopoldina, Rio de Janeiro, acontecerá o tão esperado Festival Back2Black, evento internacional que celebra a África como berço da civilização e pólo de discussão política e difusão cultural.
São três dias de conferências, shows, apresentações de dança, projeções de filmes e outras manifestações político-culturais, evidenciando as particularidades do continente africano e do negro, de uma maneira mais abrangente.
O objetivo do Back2Black Festival é promover encontros. Encontros da música com a arte, da política com o cinema, da dança com a consciência social, da literatura com a moda, do consumo com o teatro, do homem contemporâneo consigo mesmo.

Na abertura do festival, amanhã à noite, a conferência "Direitos humanos e Sociedade civil" contará com a presença do escritor nigeriano, Chris Abani, do antropólogo e escritor Rubem César Fernandes, da vice-presidente do Malaui, Joyce Banda, com a mediação da apresentadora Glória Maria. A palestra pretende discutir a forma como a sociedade civil e as organizações não-governamentais podem contribuir para o desenvolvimento das comunidades mais excluídas, os direitos humanos e a discriminação. No sábado, o tema é "Criatividade" e tem, entre outros convidados, Arnaldo Antunes, Vick Muniz, Dave Stwart (ex-Eurythmics), mediados por Heloísa Buarque de Olanda. Domingo é dia de falar sobre "Literatura, Imagem e Som", com Cacá Diegues, Ruy Guerra, Mia Couto, mediados por José Eduardo Aguilera.
Depois dos debates, haverá shows de Carlinhos Brown, Zola, Arnaldo Antunes, Erykah Badu, Mart'nália, entre outros. Confira a programação completa em http://www.backtoblackfestival.com.br/.
Os ingressos custam R$ 70,00 mas estudantes e professores da rede pública pagam meia.
Vale a pena conferir!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pensar a África.

Tem 5 minutinhos? Então assista ao clipe abaixo para ter acesso a um mundo de imagens que falam por si só.

Não deixe de comentar!

domingo, 22 de agosto de 2010

Sobre o projeto.

Até meados do século XIX, período em que se inicia a expansão imperialista, a África era ainda um território cheio de segredos para a Europa e para as Américas.
Mas, apesar de o domínio europeu no continente ter durado quase 100 anos, ainda hoje, a África guarda uma aura de mistério em função de sua imensa diversidade. Abriga desertos, montanhas, florestas, savanas, a fauna mais rica do planeta, além de se dividir em mais de dois mil idiomas entre as mais diversas etnias.
Conhecendo-a melhor, entretanto, podemos dizer, que a África é, na verdade, um lugar de contrastes. De um lado, exuberância, magia, sons e sabores inebriantes. De outro, miséria, violência, epidemias, guerras, tirania.
Servindo de inspiração para filmes (Indiana Jones) e livros que ficaram na memória de várias gerações, ainda há muito o que dizer - e o que aprender - sobre o continente africano.
E é justamente esse aprendizado que o PROJETO ÁFRICA NA ESCOLA pretende ir em busca, resgatando os detalhes do passado dessa terra, de onde veio boa parte dos nossos ancestrais, descobrindo por que a África é assim tão fascinante e, antes de tudo, compreendendo nossa própria essência, já que nossa trajetória está intimamente ligada ao seu povo.
Com esses objetivos é que o Colégio Estadual José Leite Lopes, através do Projeto África na escola, retoma as atividades escolares do segundo semestre de 2010. Estaremos desenvolvendo atividades em sala de aula, trabalhando o tema África nas diversas disciplinas: História, Geografia, Sociologia, Biologia, Educação Física, Artes visuais, Literatura, Filosofia... Um esforço multidisciplinar que pretende reunir material para uma exposição de trabalhos, de fotografias, além de exibição de filmes e palestras, tudo na intenção de proporcionar a todos a oportunidade de adquirir conhecimento e - por que não? - repensar a própria identidade.

Em 2009, tive a oportunidade de desenvolver projeto semelhante em outro colégio. À época, ainda não me considerava blogueira de carteirinha, mas mergulhei no universo pouco conhecido e criei um bloguinho para divulgar as atividades da escola. A experiência, de tão gratificante, acabou rendendo muitos frutos, entre eles, a premiação do http://www.africanabarao.blogspot.com/ como "Blog nota 10", na categoria Professor, oferecido pela Revista África e Africanidades. Quem diria?!
Hoje, um pouco mais experiente, em outro ambiente escolar, permaneço no mesmo desafio de colocar o continente africano no foco das discussões. Novo blog, para tanto. A diferença é que partimos com um sem número de informações já lançadas na mídia em ano de muitas zebras na Copa do Mundo que se passou justamente na África do Sul.
Partimos daí, portanto. Refletir e compreender tudo o que se viu e ouviu falar por aí, o que não me parece tarefa fácil. Tanto mais se pensarmos que o combate ao preconceito, a desconstrução de um discurso racista e o esforço para o fim da discriminação estão longe do fim. É trabalho pesado, não tenham dúvida!
Quer participar desta empreitada?
Então vamos lá!
Todos a bordo da nossa NAVE AFRICANA!